Ektipos Entrevista Cris Acosta

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  1. A Conexão Emocional do Líder com a Equipe

     

  • Artioli: Liderança envolve mais do que delegar tarefas; é criar conexões genuínas com as pessoas. Como você percebe que os líderes se sentem ao construir essa relação emocional com suas equipes e ao ver o impacto que isso tem no dia a dia delas?
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Crias Acosta: A maior parte de empresários e líderes ainda estão presos em uma liderança do passado, baseada no “cumpra-se” e microgerenciamento e isso impede que as empresas criem um ambiente de comunicação aberta. A comunicação aberta cria engajamento, reduz estresse e afastamento por saúde. Essa cultura do feedback pode virar o jogo da operação como um todo.

  1. O Peso da Responsabilidade

     

  • Artioli: Liderar também significa carregar a responsabilidade pelo sucesso e pelo bem-estar de uma equipe. Quais são os principais desafios emocionais que os líderes enfrentam, e como eles podem lidar com essa pressão sem perder o equilíbrio?
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Crias Acosta: Talvez o maior desafio na liderança seja o equilíbrio emocional. Os resultados da equipe dependem muito do líder, mesmo que com talentos individuais, os processos dependem que todos tenham uma boa performance. Esse é o desafio: Definir as tarefas, gerenciar o processo, sem microgerenciar e sem perder o controle do resultado. Essas variáveis podem provocar angústia, ansiedade e tantas emoções que desafiam a sanidade.

  1. A Alegria de Ver o Outro Crescer

     

  • Artioli: Muitos líderes dizem que uma das maiores recompensas da liderança é ver o crescimento pessoal e profissional de suas equipes. Como você descreveria o sentimento de realização que os líderes experimentam ao testemunhar essas transformações?
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Crias Acosta: Toda energia colocada na equipe vem junto com o desejo de realizar. Realizar objetivos, alcançar metas traz crescimento real, amadurecimento individual e do time com um todo. Chega um momento na carreira que segurança e estabilidade já foram garantidos e dá para curtir mais o desafio e o crescimento, vibrar com a performance melhorando a cada passo. É vibrar com a realização de uma liderança que amadurece também.

  1. Superando a Síndrome do Impostor

     

  • Artioli: Mesmo grandes líderes podem enfrentar inseguranças, como a sensação de não serem bons o suficiente. Como você ajuda os líderes a superarem esses sentimentos, e quais são as principais emoções envolvidas nesse processo de autoconfiança?
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Crias Acosta: Somos guiados pelo medo e pela culpa. Ter medo não é ruim, apenas não pode se deixar paralisar por ele. A autoconfiança é entender quem desafios virão e pode dar muito errado em alguns momentos, mas faz parte do jogo para quem tem um um propósito. Parte do trabalho de engajar o outro é ter um motivação, que só vira ação quando se tem um objetivo claro. Eu ajudo os líderes a terem claro seus objetivos.  

  1. Liderança em Momentos de Crise

     

  • Artioli: Durante momentos difíceis, como crises ou adversidades, o papel do líder é ainda mais desafiador. Como os líderes podem lidar com as emoções próprias e de suas equipes nesses momentos? Você poderia compartilhar um exemplo de superação em situações assim?
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Crias Acosta: É o momento de pôr em prática técnicas das mais simples, como afastamento emocional, aquela pausa de alguns minutos para gerar uma nova solução, compartilhar com alguém e ter um insight e até mesmo sentar e redesenhar a estratégia. Há uns anos eu estava lançando um grupo de empresários e ficamos responsáveis por levar convidados para esse lançamento. Esse evento pago, envolvia networking e oportunidades de negócios para todos, patrocinadores ansiosos, mas apenas alguns participantes  tinham entendido essa relevância. Na última reunião, há 7 dias do evento, pontuei as estratégias ruins de forma geral com redirecionamento para que fosse efetiva qualquer ação. Além disso, relembrei a visão do que estávamos começando. Isso deu uma inspirada, mas eu precisava de mais que 2 ou 3 dias de energia. Deleguei à minha assistente que, 3 dias antes do evento, mandasse mensagens individuais, que foram meticulosamente preparadas,para cada um dos membros e crescemos o público em 250%. As inscrições foram esgotadas e o evento foi um sucesso.

 

Análise do Texto – A Conexão Emocional do Líder com a Equipe

 

O texto aborda diferentes aspectos da liderança, enfatizando a importância da conexão emocional entre líderes e suas equipes, os desafios emocionais que enfrentam e estratégias para superá-los. A seguir, apresento uma análise aprofundada considerando fatores psicológicos, neurocientíficos e comportamentais.

1. A Conexão Emocional do Líder com a Equipe

 

Ponto-chave:

 

  • O texto destaca a evolução da liderança, saindo do modelo tradicional de comando e controle para um modelo baseado em comunicação aberta e feedback.
  • O envolvimento emocional do líder com a equipe melhora o engajamento e reduz o estresse.
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Análise Neurocientífica:

 

A conexão emocional é sustentada pela oxitocina, neurotransmissor ligado à empatia e construção de vínculos. Quando um líder cria um ambiente de comunicação aberta, os níveis de oxitocina na equipe aumentam, fortalecendo laços e promovendo um sentimento de pertencimento. Isso reduz a liberação de cortisol, o hormônio do estresse, tornando o ambiente mais produtivo e colaborativo.

 

2. O Peso da Responsabilidade

 

Ponto-chave:

 

  • A liderança exige equilíbrio emocional, pois o desempenho da equipe depende diretamente do líder.
  • O desafio está em definir tarefas, gerenciar processos e manter o controle dos resultados sem microgerenciar.
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Análise Neurocientífica:

 

A noradrenalina e a dopamina estão diretamente envolvidas na regulação da resposta ao estresse e na tomada de decisões sob pressão. Líderes que enfrentam grandes responsabilidades podem experimentar altos níveis de estresse, aumentando a atividade da amígdala, região cerebral associada à reação emocional. O equilíbrio emocional requer ativação do córtex pré-frontal, responsável pelo pensamento estratégico e racional. Técnicas como mindfulness e regulação emocional ajudam a evitar reações impulsivas e a tomar decisões mais eficazes.

 

3. A Alegria de Ver o Outro Crescer

 

Ponto-chave:

 

  • Líderes maduros encontram satisfação no crescimento de suas equipes.
  • O amadurecimento da liderança envolve aprender a vibrar com o progresso dos outros.
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Análise Neurocientífica:

 

Esse processo envolve a dopamina, neurotransmissor associado à motivação e ao sistema de recompensa. Quando um líder vê o progresso de sua equipe, o cérebro ativa esse circuito, gerando uma sensação de prazer e satisfação. Além disso, o fortalecimento da empatia e da conexão social libera serotonina, promovendo um ambiente de trabalho positivo e reforçando o ciclo de aprendizado e crescimento.

 

4. Superando a Síndrome do Impostor

 

Ponto-chave:

 

  • Medo e culpa são emoções naturais, mas não devem paralisar o líder.
  • O propósito e a clareza de objetivos ajudam a superar inseguranças.
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Análise Neurocientífica:

 

A síndrome do impostor está relacionada a uma hiperatividade da amígdala, gerando sentimentos de autocrítica excessiva e insegurança. Para combater isso, é necessário fortalecer a atividade do córtex pré-frontal, responsável pelo pensamento racional e pela autorregulação emocional. A prática de visualização de conquistas, feedbacks positivos e estabelecimento de metas claras são estratégias eficazes para fortalecer a autoconfiança.

 

5. Liderança em Momentos de Crise

 

Ponto-chave:

 

  • Técnicas como afastamento emocional e redefinição de estratégia são essenciais para superar crises.
  • Um exemplo prático foi dado, onde a mudança de abordagem resultou no aumento de público em um evento.
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Análise Neurocientífica:

 

Momentos de crise ativam o sistema nervoso simpático, aumentando os níveis de adrenalina e cortisol. Para lidar com isso, é essencial ativar o sistema parassimpático, que regula a resposta ao estresse. Estratégias como a pausa para reflexão, compartilhamento de ideias e reavaliação da visão são fundamentais para reduzir o impacto emocional e gerar soluções eficazes. A dopamina também entra nesse processo, pois a sensação de vitória após a superação de um desafio reforça o aprendizado e a confiança do líder.

O texto traz uma visão moderna e bem estruturada sobre liderança emocional, destacando a importância do equilíbrio entre empatia, responsabilidade e controle emocional.


A neurociência mostra que os neurotransmissores e estruturas cerebrais envolvidos nesses processos influenciam diretamente o comportamento do líder e da equipe. Um líder que sabe regular suas emoções e inspirar sua equipe colhe resultados mais sólidos e sustentáveis.

 

Pontos-chave reforçados:


✅ A importância da oxitocina na construção de conexões emocionais.
✅ O papel da dopamina na motivação e no prazer de ver o outro crescer.
✅ A regulação da amígdala e do córtex pré-frontal na superação de desafios e inseguranças.
✅ A necessidade de estratégias para equilibrar adrenalina e cortisol em momentos de crise.

Esse conhecimento pode ser aplicado por empresários e gestores que buscam liderar de maneira mais humana, estratégica e eficiente.

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